
Incentivar o uso da TV móvel, item que, segundo projeções da Anatel, estará nas mãos de 100 milhões de brasileiros até a Copa de 2014, é ponto primordial para a política interna da TV Globo no momento. Enquanto difunde o uso da TV ao vivo via celular ou tablet, a emissora procura inibir o hábito da TV sob demanda e da TV que é gravada para ser vista depois.
Os planos para a TV móvel, assim como as contas que justificam o reinado da TV aberta nessa era em que internet e TV paga crescem como nunca no Brasil, foram assuntos abordados pelo diretor-geral da TV Globo, Octávio Florisbal, em entrevista exclusiva ao Estado na sexta-feira, na sede da emissora em São Paulo.
A Globo tem sido procurada por operadoras de vídeo sob demanda para vender seu conteúdo. Há planos para isso?
Como temos ainda muito bons números de audiência, na TV aberta, e temos bons números de audiência na internet, com o jornalismo, o esporte e o entretenimento, não podemos fazer uma autofagia, não podemos estimular o nosso telespectador a deixar de ver televisão linear, ao vivo, para ver depois, porque isso aqui (a TV linear) vale muito mais que o outro lado.
Ao mesmo tempo, a emissora tem incentivado o público a ver TV móvel, por meio de suas novelas. É uma aposta para a Copa?
O Ibope agora fez uma parceria com a Video Research, empresa japonesa que já avançou nesse terreno para medir a audiência da TV móvel. Se isso der certo aqui, será um ótimo negócio para a Copa. Temos um estudo, há bastante tempo, para saber como manter a nossa audiência na TV aberta e nos nossos portais e, ao mesmo tempo, como explorar aplicativos em celulares e 3 G para a Copa. TV no celular, em 2014, vai ser veículo de massa. A gente olha isso e olha a questão das redes sociais, em que as pessoas têm o hábito de comentar a TV.
Fonte: O Estado de S.Paulo
Deixe um comentário!
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.